Objectivos: Avaliação da eficácia e segurança da terapêutica com infliximab efectuada no nosso serviço em doentes portadores de DC. Material e Métodos: Revisão dos processos dos doentes com DC seguidos no nosso serviço, submetidos a pelo menos uma infusão de infliximab até 2004. Resultados: Foram tratados 54 (18,7%) doentes com DC. Estudaram-se 52, cuja DC tinha 8,5 (1-28) anos de evolução. As indicações foram doença luminal activa em 24 (46,2%) doentes, fístulas activas em 22 (42,3%) e ambas em 6 (11,5%). Efectuaram-se 226 infusões, com 4,3 (1-24) infusões por doente. Aindução seguiu o protocolo triplo em 38 (73,1%) doentes. No início do tratamento 84,6% dos doentes estavam sob imunossupressão. Registaram-se efeitos adversos em 19 (36,5%) doentes, que foram graves em 9 (17,3%). Cerca de 2/3 dos doentes responderam à indução e 3/4 dos doentes em manutenção mantêm resposta positiva. No final do follow-up, 28 (53,0%) doentes mantinham resposta favorável, estando 13 (25,0%) em remissão completa. Conclusões: Metade dos doentes infundidos melhorou clinicamente de modo estável, metade dos quais em remissão completa. Ocorreram efeitos adversos em cerca de 1/3 dos doentes, implicando a descontinuação da droga em menos de 10%.
Aims: Evaluation of efficacy and safety of infliximab treatment in Crohn's disease (CD), performed at our department. Methods: Medical records of patients with CD followed at our department and treated with infliximab until 2004 were reviewed. Results: Fifty-four (18,7%) patients with CD were treated with infliximab. Fifty-two patients were studied, with a 8,5 (1-28) year DC on average. Indications for treatment were inflammatory luminal disease in 24 (46,2%) patients, active fistulas in 22 (42,3%) and both in 6 (11,5%). Each patient received 4,3 (1-24) infusions, on average, for a total of 226 infusions. On starting infliximab, 84,6% of patients were also on imunossupressive treatment. Adverse events occurred in 19 (36,5%), being serious in 9 (17,3%). In about 2/3 of patients responded to the induction scheme and 3/4 of patients on maintenance uphold a positive response. At the end of follow-up, 28 (53,0%) patients sustained a positive response, with 13 (25,0%) in complete remission. Conclusions: Half of the patients clinically and steadily improved, with half of these in complete remission. Adverse events occurred in about 1/3 of patients, which warranted discontinuation of treatment in less than 10%.